
Como se lembrarão, os resultados das eleições legislativas de 2015 não agradaram ao PS. Um comentário de uma dirigente socialista, por exemplo, foi muito claro:

A situação, em traços largos, era a seguinte. O governo Sócrates conduziu o país a uma situação que levou o Primeiro Ministro socialista a solicitar ajuda externa, a famosa Troika, há uns dez anos atrás.
Das eleições de 2011, nasce o governo de Pedro Passos Coelho.
Tivemos austeridade, medidas impopulares da Troika, cortes de salários e pensões. Em 2014 a Troika saía do país. A chamada saída limpa.
Em 2015, Passos Coelho ganhava, sem maioria absoluta, as eleições. Apesar da austeridade brutal a que Portugal tinha sido submetido.
Aqui, entra a minha opinião sobre os eventos, que vivi. Creio que muitos terão compreendido que era possível a Portugal viver de cabeça erguida, era possível organizarmo-nos , como outros, de forma eficiente, optando por um regime sustentável para o país. Em 2015, Portugal estava de novo a crescer e mais bem preparado para o futuro.
O choque dos socialistas reside nesta realidade. Os portugueses começaram a parecer saídos de um país moderno e autónomo. Até no ensino começaram a arrebitar.
Deixar cimentar esta tendência de modernização e autonomia seria a morte das esquerdas. Costa compreendeu isto imediatamente. Em países prósperos, as esquerdas são irrelevantes. Não é por acaso que pobreza e governos de esquerda andam associados.
E assim o PS quebra a sua tradição e leva os derrotados do 25 de Novembro para o poder, criando a geringonça.
Qual é o projecto da geringonça para o país? Nenhum, para além de criar clientelas, dependências, aumentar a pobreza e piorar o ensino. E assim regressaram as 35 horas para a função pública, os feriados, o fim de alguns exames, a nacionalização da TAP, o controle da justiça, etc.
Tudo indica, desgraçadamente, que esta estratégia de adormecimento e embrutecimento dos portugueses está a dar frutos.
Tenhamos esperança em melhores dias.